terça-feira, 10 de junho de 2008

ELES SÃO DO EXÉRCITO. ELES SÃO PARCEIROS. ELES SÃO GAYS.


Onde está a matéria, ou melhor, onde está o "pecado" dos sargentos?

1) Eles são do exército.
2) Eles são parceiros.
3) Eles são gays.
4) Nenhuma das anteriores, um deles só queria ser a Cássia Eller.

Não sei a resposta.

O que me faz pensar (e pensar muito) é que estamos em 2008, vivendo num País de leis desatualizadas, cidadãos mal informados e uma revista que deveria informar com imparcialidade e, no entanto, estampa em sua capa um verdadeiro nó na cabeça dos desavisados.
Ser do exército implicaria em não poder ser gay?
Poderiam ser gays, estar no exército e não ser parceiros?
De novo, não sei a resposta.
O que sei é que existem gays no meu prédio, existem gays no meu trabalho, existem gays na polícia, existem gays em toda parte, assim como existem brancos, negros, amarelos...
Não estou aqui para criticar a matéria que, por sinal, nos mostra fatos históricos interessantíssimos e aborda o tema (?) de forma bastante esclarecedora.
O que critico é a capa, aquilo que vende a revista e, definitivamente me soa como homofóbica e preconceituosa.
No mais, lutemos pra que, quem sabe um dia, ser gay, ter um parceiro, ser cover da Cássia Eller e tentar construir uma vida digna não seja capa de revista.
À propósito, eu sou gay.

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com você! Li a matéria que saiu no jornal A gazeta, achei mil vezes pior que as matérias divulgadas em outros meios de comunicação. Infelizmente os meios de comunicação servem como fonte de matérias que não são apenas levantadas e divulgadas, mas, teorizadas e recontadas, (reinventadas) pela mente
"criativa" e comprometida pelo mal gosto, que os malditos editores e jornalistas nutrem pela mentira, mal gosto esse, aceito e aplaudido por quem acha que notícias devem seguir padrões morais e sociais e não apenas divulgar verdades, sem cair no particularismo, acho que quando um editor e um jornalista formados em jornalismo (depende também, nunca se sabe se todos concluíram algum curso superior), se torna editor ou jornalista eles esquecem que seus trabalhos são de pesquisa, esquecem do que estudaram sobre durkheim, que tanto falou da imparcialidade que deve haver em um trabalho que usa o campo como fonte de dados. (no curso de jornalismo existem as disciplinas de sociologia e antropologia).
OBS: toda regra tem excessão, porém, nem todos os jornais do mundo são merdas e nem todos os jornalistas e editores também, me refiro aos meios de comunicação que divulgam notícias distorcidas como essa comentada pelo beto.

LuzdeLua disse...

Mas o que muda isso? Por acaso ser assim ou assado é ser deficiente de algo? Ao contrário, isso é saber amar e amar de verdade. Sem pré-conceito de nada. Sentimento puro é aquele que sabe ultrapassar qualquer barreira. Estampam o humano como fazem com aquelas mercadorias para revenda, mas no caso aqui, para julgamento. E quem se atreve? Indignada com este mundo. Desculpe, estou com você. E, pra mudar os fatos. Não estão lindos na foto? Parabéns a eles que têm essa coragem toda de amar, o que falta no mundo.
Passando amigo para conhecer e esta matéria ficou ótima aí. Deixo-te um abraço amigo e bons desejos para o findi semana.
Bjs